quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Dinâmica: Integração e comunicação II


Dinâmicas de Integração e Comunicação

Em cada lugar uma idéia


Objetivo: Avaliar e fortalecer os laços afetivos dentro do grupo.

Material necessário: Papel ofício, hidrocor, tesouras, cola, papel metro e pilot.

Descrição da dinâmica:

1. Grupo em círculo, sentado.

2. Dar a cada participante quatro folhas de papel ofício.

3. Solicitar que numa das folhas façam o contorno de uma das mãos e noutra, o de um dos pés. Desenhar nas demais folhas um coração e uma cabeça, respectivamente.

4. Escrever no pé desenhado o que o grupo proporcionou para o seu caminhar. Escrever dentro da mão desenhada o que possui para oferecer ao grupo. No coração, colocar o sentimento em relação ao grupo. Na cabeça, as idéias que surgiram na convivência com o grupo.

5. Fomar quatro subgrupos. Cada subgrupo recolhe uma parte do corpo (pés/mãos/coração/cabeça), discute as idéias expostas, levantando os pontos comuns.

6. Fazer um painel por subgrupo, utilizando todos os desenhos da parte do corpo que lhe coube, evidenciando os pontos levantados anteriormente, de modo a representar:

* com os pés, a caminhada do grupo;
* com as mãos, o que o grupo oferece;
* com os corações, os sentimentos existentes no grupo;
* com as cabeças, as idéias surgidas a partir da convivência grupal.

7. Cada subgrupo apresenta seu painel.

8. Plenário - dizer para o grupo o que mais lhe chamou a atenção de tudo o que viu e ouviu.


Fonte: Projeto Crescer e Ser, publicado no livro “Aprendendo a ser e a conviver”, Margarida Serrão e Maria C. Baleeiro, ED.
FTD, 1999.



Atividades para os alunos descobrirem o que sentem

Atividades simples permitem aos alunos descobrirem o que sentem. As informações servem para conhecê-los melhor, o que ajuda na aprendizagem. Só não vale analisar psicologicamente o que eles dizem.


1. O que vejo e o que sinto

Objetivo: Provocar no aluno a reflexão sobre o estado de espírito dos outros por meio de hipóteses. Pensar sobre como alguém se sente é pressuposto para ações generosas.

Aplicação: Selecione em jornais e revistas, fotos de situações opostas - pessoas em um parque e em lixão, por exemplo. Prefira as que não mostrem o rosto. Peça para os alunos analisarem e descreverem o que estão vendo e pergunte como acham que essas pessoas estão se sentindo.


2. Jogo das cadeiras

Objetivo: Estimular o estudante a refletir sobre como agiria em situações diversas. Desafiá-lo a sustentar opiniões e expor o que pensa e sente, mesmo que isso seja constrangedor no começo. Desenvolver o auto-conhecimento (ao fazer isso, ele consegue estabelecer relações com os sentimentos dos outros).

Aplicação: Posicione quatro cadeiras em torno de uma mesa. 
Prepare quatro envelopes, cada um com cinco frases, que podem ser sobre atitudes.

(Quando vejo uma briga eu...) ou sentimentos (Fico triste quando...)

Numere as cadeiras de um a quatro. Cada número corresponde a um envelope.
Quem discordar dele deve se levantar, completar a frase com a sua opinião e retornar à mesa somente ao concordar com alguma afirmação, numa próxima rodada.


Fonte: A Construção da solidariedade e a educação do sentimento na escola.
Editora Mercado de Letras.



Floresta dos Sons

Descrição: Convidar os participantes a formarem duplas, sem se darem as mãos, colocando-se um, defronte o outro.
- Tirar par ou ímpar.
- Os que ganharem, levantam a mão.
- Cada dupla combina entre si um som qualquer que será emitido por aquele que ganhar, enquanto o outro, deverá fechar os olhos e não abrir em hipótese alguma.
- Quem ganhar emite sempre o mesmo som para guiar o companheiro cego, mergulhando no meio de todos os outros.
- Após três ou quatro minutos, inverter os papéis.
- Finalizar o exercício, recolhendo as reações dos participantes, através da verbalização.

Possibilidade de Aplicação: 

- aprender a ouvir
- respeitar o corpo do outro
- desinibir
- aquecer
- confiar no outro
- trabalhar temas específicos identificar o outro, confiança, comunhão, sentidos, nova linguagem etc.


Fonte: “Augusto Boal, publicado no livro “Dinâmica de grupos na formação de lideranças” de Ana Maria Gonçalves e Susan Chiode Perpétuo, Ed.
DP e A, 1998.




A construção coletiva do rosto

a) Orientar os participantes para sentarem em círculo;

b) O assessor distribui para cada participante uma folha de papel sulfite e um giz de cera;

c) Em seguida orienta para desenhar o seguinte:

- uma sobrancelha somente;
- passar a folha de papel para as pessoas da direita e pegar a folha da esquerda;
- desenhar a outra sobrancelha na folha que este recebeu;
- passar novamente;
- desenhar um olho;
- passar novamente;
- desenhar outro olho;
- passar a direita e... completar todo o rosto com cada pessoa colocando uma parte (boca, nariz, queixo, orelhas, cabelos).

d) Quando terminar o rosto pedir à pessoa para contemplar o desenho;

e) Orientar para dar personalidade ao desenho final colocando nele seus traços pessoais;

f) Pedir ao grupo para dizer que sentimentos vieram em mente.


Equipe da Casa da Juventude Pe. Burnier,
CAJU, Goiânia, GO.
Subsídio de Apoio da Escola de Educadores de Adolescentes e Jovens.
Site: http://www.casadajuventude.org.br/



Ilhas em Alto Mar

Distribuir jornais pela sala (5 folhas) pedir para que os participantes caminhem sentindo o chão, o peso do corpo, observar as pessoas que se cruzam.

Imaginar que o grupo estava em um cruzeiro, aconteceu um acidente e o navio naufragou, as pessoas vão movimentando os braços como se tivessem nadando, colocar para o grupo que as águas são perigosas cheias de tubarões e os jornais são pequenas ilhas. Quando o instrutor gritar “Tubarão” todos sobem nas ilhas, os tubarões vão embora as pessoas voltam a nadar. 

Repetir umas quatro vezes, e cada vez que repetir diminuir os jornais. 
Em uma palavra cada pessoa dizer o que sentiu.


Fotografia

O instrutor divide a turma em grupos de no máximo dez pessoas, e dá um tema para cada grupo, desde que os outros não saibam (ex.: prostituição, violência, fome, alegria, namoro etc.). O grupo irá montar uma cena onde todos permanecem congelados. O instrutor orienta o grupo para que fiquem postos no lugar, bate palma e o grupo congela. Os demais grupos tentam descobrir a mensagem - ou tema. Fazer um debate sobre o que aprendemos com esta dinâmica.

Rótulos 

O instrutor cola uma etiqueta em cada participante, sem que o participante veja o que está escrito nela. Movimentam-se pela sala, os participantes devem se tratar uns aos outros conforme o rótulo que virem na testa dos companheiros. Cada um deve tentar adivinhar que rótulo recebeu.

Depois de vinte minutos, o coordenador pede para cada um diga o rótulo que recebeu e porque sentiu isso. Deve-se conversar também sobre os efeitos que os rótulos provocaram nas pessoas, se gostam ou não de serem tratadas a partir de rótulos e comparar com o que acontece na vida real no cotidiano do grupo.

Sugestões de rótulos: 

aprecie-me
ensine-me
tenha piedade de mim
aconselhe-me
respeite-me
ajude-me
rejeite-me
ignore-me 
ria de mim
zombe de mim


Exercício pessoal de revisão de vida e de prática: 

a) Recolha-se num lugar tranqüilo, onde você possa ficar em silêncio e confortável.

b) Retome a sua vida e procure refletir sobre ela a partir das seguintes questões:

Como vai a sua relação?

- consigo mesmo;
- com o grupo de jovens;
- no namoro;
- na família;
- com os(as) amigos(as);
- com os colegas de trabalho;
- com Deus.

c) Partilhar com seu grupo com os amigos como foi a experiência.



Jogo das mãos

Finalidade: Refletir sobre a importância da participação na resolução de problemas.

Para quantas pessoas: de seis até 25 participantes (grupos muito grandes deverão ser subdivididos)

Descrição da dinâmica: 

Os participantes deverão ficar de pé, dando-se as mãos, como para uma brincadeira de roda.

O moderador explica que o grupo terá como objetivo “virar toda a roda ao contrário”, ou seja, todos deverão ficar de costas para o centro do círculo com os braços esticados (não vale ficar com os braços cruzados sobre o peito). 

O jogo tem regras: os participantes não poderão soltar as mãos, nem falar, até conseguirem alcançar a posição.

O monitor dá início ao jogo, reforçando que o grupo deverá buscar uma maneira (estratégia) de atingir o objetivo, respeitando as regras estabelecidas.

A solução para este “problema”, que no início não parece ter solução, é simples: um dos participantes deverá erguer o braço do colega formando um arco ao alto pelo qual todos, ligeiramente agachados, passarão.


Gilma Maria de Souza Neubaner, Ipatinga, MG.
Por Carta.



Desenho de Giz

Objetivo: Avaliar a caminhada do grupo ou o andamento de uma reunião através de manifestações simbólicas dos participantes.

Para quantas pessoas: Funciona muito bem para grupos de tamanho médio, até trinta pessoas.

Material necessário: Lousa e giz colorido ou papelógrafo (bem grande) e lápis de cor, giz de cera ou outro material, com várias opções de cor.

Descrição da dinâmica: 

O coordenador orienta os participantes a irem até a lousa (ou papelógrafo) para desenharem algumas coisas que indiquem como estavam quando começou o curso (ou o grupo, no caso de se avaliar a caminhada do grupo) e outro desenho que indique como estão agora, passado algum tempo desde o início do processo.

Quando todos tiverem feito os seus desenhos, o coordenador convida quatro pessoas para falarem da mudança que percebem em si mesmos e outros quatro para falarem um pouco do que estão vendo no quadro.

É importante o coordenador ficar atento e “puxar” a avaliação para o que realmente se quer avaliar.


Fonte: CCJ - "Centro de Capacitação da Juventude”.
Site: 
http://www.ccj.org.br/



Conhecimento mútuo

Objetivo: Oportunizar um maior conhecimento de si mesmo e facilitar melhor relacionamento e integração interpessoal.

Tempo de duração: Aproximadamente 60 minutos.

Material necessário: Lápis e uma folha de papel em branco para todos os participantes.

Ambiente físico: Uma sala, com cadeiras e mesas, suficientemente ampla, para acomodar todos os participantes.


Descrição da dinâmica: 

1. O facilitador explicita o objetivo e a dinâmica do exercício.

2. Em continuação, pede que cada um escreva, na folha em branco, alguns dados de sua vida, fazendo isso anonimamente e com letra de fôrma, levando para isso seis a sete minutos.

3. A seguir, o facilitador recolhe as folhas, redistribuindo-as, cabendo a cada qual ler em voz alta a folha que recebeu, uma por uma.

4. Caberá ao grupo descobrir de quem é, ou a quem se refere o conteúdo que acaba de ser lido, justificando a indicação da pessoa.

5. Após um espaço de discussão sobre alguns aspectos da autobiografia de cada um, seguem-se os comentários e a avaliação do exercício.


Fonte: “Relações Humanas Interpessoais, nas convivências grupais e comunitárias”, de Silvino José Fritzen, Editora Vozes: 0 (xx)(24) 2233-9000.
Endereço eletrônico: vendas@vozes.com.br



Constelação de amigos

Objetivo: Conhecer mais nossas relações com as pessoas e perceber qual a influência delas sobre nossa vida.

Material necessário: Papel em branco e caneta para todos os participantes.


Descrição da dinâmica: 

1. Todos recebem uma folha em branco e marcam um ponto bem no centro dela. Este ponto representa o desenhista.

2. Desenhar diversos pontos nas extremidades da folha, significando cada pessoa com que você tenha relação, seja boa ou má; pessoas que você influencia ou que influenciam você (pode-se escrever junto o nome ou as iniciais).

3. Traçar flechas do ponto central, você, para os pontos periféricos, as pessoas que estão em sua volta, segundo o código que segue:

a) 
—> Flecha com a ponta para fora: pessoas que influencio ou que aprecio.
b) 
<— Flecha com a ponta para dentro: pessoas que me influenciam, ou que gostam de mim.
c) 
<—> Flecha em duplo sentido: a relação com esta pessoa é mutuamente respondida.
d) 
<- -> Flecha interrompida: relação cortada.
e) 
<-/-> Flecha interrompida por uma barra: relação através de intermediários.
f) 
<-#-> Flecha interrompida por muro: relação com um bloqueio que impede o seu pleno êxito.

4. Em grupos de três ou quatro pessoas, partilhar sobre o que tentou expressar com o seu desenho. Responder:

a) Ficou fora do meu desenho algum parente mais próximo?
b) As relações que me influciam estão me ajudando?
c) As relações que possuem barreiras ou que estão interrompidas podem ser restauradas? Seria importante?
d) Nosso grupo está nestes desenhos?

5. Fazer um grande painel afixando os desenhos e abrindo para que todos possam comentar.

6. Avaliar se a dinâmica acrescentou algo de bem em minha vida e na vida do grupo. Descobri algo?


Fonte: “Jornal “Presença Jovem”, julho/1999, edição nº 61 - Informativo da Pastoral da Juventude, encartado no Jornal “Presença Diocesana” de Passo Fundo, RS.
Artigo publicado na edição 340, julho de 2000, página 5.


Fotolinguagem

Objetivo: Olhando para as fotos sobre a realidade que se vive, aprender a ligar dois ou mais fatos e ter uma opinião sobre eles.

Número de participantes: Se houver mais de oito pessoas, deve-se subdividir em grupos de cinco.

Material necessário: Fotos de jornais e revistas espalhadas por toda a sala.

Descrição da dinâmica:

     Os participantes passeiam pela sala, olhando as fotos e escolhem duas fotos que tenham ligação entre si.
     Depois, durante 7 minutos, pensam nas seguintes questões:

a) Que realidade me revelam?
b) Qual a ligação entre elas?
c) Por que me identifiquei com elas?

     Cada um apresenta as fotos e as conclusões às quais chegou. O restante do grupo pode questionar a ligação dos fatos entre si e fazer uma ou duas perguntas para clarear melhor as afirmações.


Agenda da Juventude, CCJ (Centro de Capacitação da Juventude), São Paulo, 2000.
Site na internet: http://www.ccj.org.br



Nem o meu, nem o seu, o nosso

Finalidade: Propiciar um clima de descontração e integração entre os participantes do grupo.

Material necessário: rádio e CDs de música

Descrição da dinâmica: 

1. Grupo de pé, espalhado pela sala. Música.

2. Pedir que todos se movimentem pela sala de acordo com a música, explorando os movimentos do corpo. Pôr música com ritmo cadenciado. Tempo.

3. Parar a música. Solicitar que formem dupla com a pessoa mais próxima e que, de braços dados, continuem a se movimentar no mesmo ritmo, procurando um passo comum, quando a música recomeçar.

4. Após um tempo, formar quartetos, e assim sucessivamente, até que todo o grupo esteja se movimentando junto, no mesmo passo.

5. Pedir que se espalhem novamente pela sala, parando num lugar e fechando os olhos.

6. Solicitar que respirem lentamente, até que se acalmem.

7. Abrir os olhos, sentar em círculo.

8. Plenário:
- O que pôde perceber com esta atividade?
- Que dificuldades encontrou na realização da dinâmica?
- Como está se sentindo?

Fonte: Margarida Serrão e Maria C. Boleeiro

Comentários: 

     Este é um trabalho leve e de muita alegria. O grupo se movimenta de forma descontraída, o que cria um clima propício para se trabalhar a integração entre os componentes. Pode ser enriquecido e acrescido de novas solicitações.

     A atividade propicia, também, uma reflexão sobre a identidade do grupo, as diferenças de ritmo entre os participantes, a facilidade ou a dificuldade com que alcançam a harmonia, chegando a um passo comum.

     O facilitador pode explorar a atividade, criando movimentos e formas que desafiem o ritmo grupal.


Projeto Memorial Pirajá.



Nome e Qualidade

Objetivo: Aprender o nome dos participantes do grupo de forma lúdica; facilitar a integração entre os adolescentes.

Descrição da dinâmica: 

1. Grupo em círculo, sentado.

2. O facilitador inicia dizendo alto seu nome, seguido de uma qualidade que julga possuir.

3. Cada participante, na seqüência a partir do facilitador, repete os nomes e qualidades ditos anteriormente, na ordem, acrescentando ao final seu próprio nome e qualidade.

Comentários: 

     O desafio desta dinâmica é aprender de forma lúcida como chamar os participantes do grupo, repetindo na seqüência todos os nomes e qualidades ditos anteriormente no círculo, antes de dizer o seu próprio nome.
     Havendo dificuldade na memorização da seqüência, o facilitador e/ou o grupo auxiliam a quem estiver falando, pois o importante nesta dinâmica é que, ao finalizá-la, todos tenham aprendido o nome dos companheiros.
     Nesta atividade, trabalha-se também a identidade - Como me chamam? Quem sou eu? - podendo surgir apelidos carinhosos ou depreciativos. É importante que o facilitador esteja atento no sentido de perceber e explorar o sentimento subjacente ao modo como cada indivíduo se apresenta.
     É uma dinâmica que pode ser usada no início do trabalho, quando o grupo ainda não se conhece ou após um tempo de convivência, enfatizando as qualidades pessoais e/ou englobando outras questões, como: algo de que se goste muito, o nome de um amigo, divertimento preferido etc.


Fonte: Projeto Memorial Pirajá.


Nenhum comentário: