DINÂMICA DE VALORES
Dinâmica do coração
Objetivo: conhecer
o outro e dar-se a conhecer, abrindo espaço para que cada um se apresente;
buscando, com essa apresentação, maior intimidade entre os elementos do grupo;
partilhando sentimentos, ideais, realizações, desejos e frustrações.
Ambiente: adequado
para preservar a privacidade do grupo e permitir a acomodação de todos os
participantes.
Material: folhas de
papel sulfite e canetas hidrocor ou giz-de-cera para todos os participantes.
Desenvolvimento:
1) Entrega-se uma folha de papel sulfite a cada
participante, que deverá desenhar um coração grande e escrever seu nome fora do
coração. O coração deverá ser dividido em quatro partes.
2) Na primeira parte do coração, fazer um símbolo que
relate um fato importante realizado por sua família (o maior acontecimento). Na
segunda parte, desenhar sua maior realização pessoal. Na terceira parte,
escrever a coisa mais importante que você pretende realizar nos próximos dois
anos. Na quarta parte do coração, escrever, enfim, a maior decepção de sua
vida.
3) Todos os participantes deverão pôr sua folha com o
trabalho realizado no centro do círculo, compartilhando os resultados. Caso
sintam necessidade, poderão comentar ou perguntar algo a respeito das respostas
de seus colegas. A pessoa abordada terá liberdade para responder ou não à
questão levantada. Compartilhar sentimentos e descobertas com o grupo.
Fonte: adaptação do livro Recriando experiências,
Instituto de Pastoral de Juventude - Leste II, Ed. Paulus.
Aprender sobre a vida no contexto
familiar
Objetivo: A partir da história familiar de cada um, fazer com
que os participantes reflitam sobre a própria existência.
Desenvolvimento:
1) O facilitador solicita
que os participantes se organizem em grupos de quatro pessoas. Em seguida, pede
que cada um conte aos demais alguns fatos de seus antepassados
(relacionamentos, dificuldades, conquistas, mortes, migrações, separações), até
chegar ao seu núcleo familiar.
2) Em seguida, ele convida
os integrantes do grupo a comparar suas histórias, refletindo sobre a
influência desses fatos em suas vidas.
3) Ao final, o animador
incentiva os participantes a refletir sobre a relação entre a atividade
proposta e a família na atualidade.
Fonte: Márcia Campos Andrade, psicóloga, Patos, MG.
Dinâmica
publicada junto ao artigo "Ser mãe e pai, num
contexto de mudanças" na
edição nº 386, jornal Mundo Jovem, Maio de 2008, página 2.
Histórias que me contaram
Objetivo: Possibilitar a expressão sobre o que é ser
homem e ser mulher.
Material necessário: Papel e lápis.
Desenvolvimento:
1) Grupo em círculo, sentado;
2) Pedir que cada participante liste as histórias,
provérbios, ditos, ordens significativas que já ouviram sobre homens e
mulheres, sobre como se comportar em relação ao seu próprio sexo e ao oposto,
desde a infância até a fase atual;
3) Depois que todos tiverem feito o trabalho indivualmente,
formar subgrupos, nos quais devem ler o que escreveram, trocando experiências;
4) No subgrupo, tentar encontrar os pontos comuns e as
diferenças, listando as conclusões a que chegaram;
5) Cada subgrupo apresenta suas conclusões;
6) Plenário - Compartilhar com o grande grupo suas
reflexões:
• De tudo o que ouviu, o que ainda é válido para
você hoje?
• É difícil para você mudar posturas e atitudes?
Justifique.
• Quais os mitos e tabus mais comuns no grupo?
Comentário: É necessário explorar todas as colocações,
buscando a origem de cada mito ou tabu apresentado, desmitificando, dessa
forma, as idéias sobre a sexualidade.
Fonte: Margarida Serrão e Maria C. Baleeiro,
“Aprendendo a ser e a conviver”, Fundação Odebrecht/FTD Editora.
Dinâmica publicada junto ao artigo "Os desafios da
educação sexual " na edição nº 383, jornal Mundo Jovem, fevereiro de 2008, página 8.
O boneco
Dividir os
participantes em seis subgrupos. Cada um ficará responsável por uma parte do
boneco: cabeça, tronco, braços, mãos, pernas e pés.
Cada grupo desenhará
uma parte do corpo e terá duas perguntas para responder. As respostas devem ser
registradas nos cartazes juntamente com o desenho. Para que os grupos tenham
uma visão geral da dinâmica, é importante que se leiam todas as perguntas antes
de iniciar o trabalho.
a) Cabeça: Qual a realidade ambiental que vemos? O
que escutamos da sociedade sobre a preservação da biodiversidade?
b) Tronco: O que sentimos sobre a degradação
ambiental? O que sentimos sobre o papel do estudante na preservação da
biodiversidade?
c) Braços: Até onde podemos alcançar com nossa ação?
Com quem (pessoas, entidades etc.) podemos andar de braços dados na preservação
da biodiversidade?
d) Mãos: Quais os compromissos que podemos firmar
enquanto grupo na preservação da biodiversidade? Quais as ferramentas que temos
disponíveis na escola para divulgar nossas idéias?
e) Pernas: Que caminhos queremos tomar no
desenvolvimento de ações de preservação da biodiversidade? Qual o suporte
(pessoas, materiais, finanças etc.) que temos para desenvolver uma ação?
f) Pés: Que ações podemos realizar envolvendo
nossa escola na preservação da biodiversidade? Que resultado desejamos com
nossa ação?
Fonte: Extraída
da cartilha “Semana do Estudante - Há que se cuidar da vida”, 2007. PJE-PJB.Dinâmica
publicada junto ao artigo "Semana do Estudante e da participação
juvenil" na edição nº 379, jornal Mundo Jovem, agosto de 2007, página 3.
Valores familiares
Objetivo: Identificar valores e mensagens
transmitidos pela família.
Materiais necessários: Ficha de trabalho e lápis.
Desenvolvimento:
1. Grupo em círculo, sentado.
2. Distribuir ficha de trabalho e lápis, pedindo que
respondam individualmente às questões contidas na ficha.
3. Dividir o grupo em cinco subgrupos. Cada subgrupo fica
responsável por uma das questões da ficha de trabalho.
4. Solicitar a cada subgrupo que discuta as respostas
individuais à questão que lhe coube, registrando os pontos comuns. Tempo.
5. Cada subgrupo apresenta suas observações.
6. Plenário - comentar os pontos de discussão:
* Que valores são especialmente importantes para a sua
família?
* O que lhe chamou a atenção de tudo o que ouviu?
* Como se sente em relação à diversidade de valores do
grupo?
7. Fechamento: o facilitador ressalta para o grupo que os
valores que possuímos influenciam nossas atitudes, decisões e comportamentos.
Nenhum ser humano vive sem um núcleo de princípios interiores que orientem sua
interpretação do mundo, dando sentido e direção para sua vida.
Ficha de trabalho:
O que sua família pensa sobre:
1. Ter bom desempenho na escola?
2. Participar de grupos sociais, grêmio estudantil...?
3. Ter um emprego?
4. Ter relações sexuais?
5.Ter religião?
6. Respeitar as leis?
Fonte: Projeto
Adolescência Criativa Olodum,Dinâmica
publicada na edição nº 372, Novembro de 2006, página 15.
Colcha de Retalhos
Atividade:
Quantas vezes
sentamos ao lado de nossos avós ou mesmo de nossos pais para escutar aquelas
longas histórias que compuseram a vida e a trajetória da nossa família e,
portanto, a trajetória da nossa vida? Quantas vezes paramos para pensar na
importância do nosso passado, nas origens de nossa família, e mais, de nossa
comunidade? Indo um pouco mais longe, quantas vezes paramos para pensar de que
forma a cultura da nossa cidade e de nosso país influencia o nosso modo de ver
as coisas?
Pois é. Nós somos
aquilo que vivemos. Somos um pouquinho da via de nossos pais e avós, somos
também um pouquinho da vida de nossos pais e avós, da nossa, do nosso bairro,
das pessoas que estão à nossa volta, seja na cidade ou no país onde vivemos.
Isso é o que se
chama identidade cultural. E esta é uma atividade que ajuda a buscar essa
identidade - o que significa buscar a nossa própria história, conhecemos a nós
mesmos e a tudo que nos rodeia. Buscar a identidade cultural é “entender para
respeitar” nossos sentimentos e os daqueles com quem compartilhamos a vida.
Material:
* Tecido - lona, algodão, morim cortados em
tamanho e formatos variados
* Tinta de tecido ou tinta guache (é bom
lembrar que o chache se dissolve em água)
* Linha e agulha ou cola de tecido.
Passos - Como se faz:
1ª Etapa - História de Vida
Peça a todos os participantes para relembrarem um
pouco de suas histórias pessoais e das histórias de suas famílias, pensando em
suas origens, sentimentos e momentos marcantes, em sonhos, enfim, em tudo
aquilo que cada pessoa considera representativo de sua vida. Depois disso, peça
para escolherem pedaços de tecidos para pintar símbolos, cores ou imagens
relacionadas às suas lembranças. Esse é um momento individual, que deve levar o
tempo necessário para que cada um se sinta à vontade ao expressar o máximo de
sua história de vida. Quando todos terminarem, proponha a composição da
primeira parte da Colha de Retalhos, que pode ser feita costurando ou colando
os trabalhos de cada um, sem ordem definida.
2ª Etapa - História da Comunidade
Esta etapa exige muito diálogo entre os
participantes, que devem construir a história da comunidade onde vivem. Uma boa
dica é pesquisar junto aos mais velhos.
O grupo escolhe alguns fatos, acontecimentos e
características da comunidade para representá-los também em pedaços de tecido
pintados. Pode-se reunir as pessoas em pequenos grupos para a criação coletiva
do trabalho. Todas as pinturas, depois de terminadas, deverão ser costuradas ou
coladas compondo um barrado lateral na colcha.
3ª etapa - História da cidade, do
país, da Terra
A partir daqui, a idéia é dar contiuidade à colcha
de retalhos, criando novos barrados, de forma a complementá-la com a história
de vida da cidade, do país, do mundo e até a do universo. Não há limites nem
restrições. O objetivo principal é estimular nos participantes a vontade de
conhecer e registrar a vida, em suas diferentes formas e momentos. Desse modo,
poderão se sentir parte da grande teia da vida.
Fonte: “Paz, como se faz? Semeando cultura de paz
nas escolas”, Lia Diskin e Laura G. Roizman.
Poesia, música, crônica
Finalidade: Consiste
em ouvir uma poesia e/ou música para ajudar na introdução de um assunto ou de
uma vivência subjetiva.
Material: Letra
(cópia xerográfica ou mimeografada) de uma poesia ou canção.
Descrição da dinâmica:
1. Escolher uma poesia ou canção sobre o tema a ser
trabalhado.
2. Dividir os participantes em grupos.
3. Cada um lê em voz baixa, murmurando.
4. Escolher a palavra que mais marcou, em cada estrofe.
5. Gritar essas palavras juntas, bem alto. Depois bem
baixo, até se calar.
6. Andando, procurar sua “palavra-sentimento” com outra
pessoa do grupo.
7. Explique, sinta, expresse, toque.
8. No seu grupo, responda o que você faria com esse
sentimento-palavra trocada.
9. O grupo deve montar uma história com os sentimentos
trocados e com a poesia recebida.
10. Cada
grupo apresenta no grupão sua história de maneira bem criativa.
11. Buscar o
que há de comum em todas as histórias.
Comentários:
1. Este trabalho leva à reflexão de um tema/assunto,
abrindo um espaço para que as pessoas falem de um assunto sob diferentes
olhares.
2. Contribui para o desenvolvimento da expressão verbal e
do trabalho coletivo.
Fonte: “Augusto Boal, publicado no livro
“Dinâmica de grupos na formação de lideranças” de Ana Maria Gonçalves e Susan
Chiode Perpétuo, Ed. DP e A, 1998.
Fazendo um projeto
“Qualquer atividade de nossa vida pessoal,
profissional, religiosa e política, para ser consciente precisa ser preparada,
planejada e pensada.”
“Quem pensa sobre o que faz, faz melhor.”
“Quem não sabe para onde vai, não chega. Quem não
sabe onde está, não acha caminho.”
O que fazer?
Para resolver um problema geralmente são
necessárias várias ações, atitudes, gestos, reuniões, estudos etc. O importante
é buscar uma solução criativa.
Como fazer?
Não basta apontar o que fazer, é necessário
levantar também como será feito.
Quando?
Já apontamos respostas para solucionar o problema,
trata-se agora de ver a melhor época para realizar a mesma. Um estudo, por
exemplo, pode durar um dia todo, uma tarde, podendo também acontecer durante
uma ou mais semanas.
Com quem?
É momento agora de pensar quem será envolvido: os
participantes que vão receber a proposta, quem serão os responsáveis de
executar, com quem fazer parceria e a divisão de tarefas.
Onde será feito?
É hora de prever. Isso ajuda a não acumular
atividades para o mesmo local, ajuda ainda a diversificar e descobrir novos
espaços.
Para quê?
Colocar no papel o resultado que esperamos, ajuda
a olhar para o problema e dizer o que queremos solucionar/resolver.
Recursos necessários:
Possibilita perceber o que é necessário para
realizar com sucesso o que foi proposto: verba, material, equipamentos...
Equipe da Casa da Juventude Pe. Burnier,
CAJU, Goiânia, GO.
Subsídio de Apoio da Escola de Educadores de
Adolescentes e Jovens.
Eu tenho uma história pessoal
Objetivo: fazer
uma retomada da minha vida pessoal percebendo as marcas, os acontecimentos que
foram significativos e que provocaram mudanças na forma de ver o mundo.
a) Explicar que precisam estar à vontade, sem nenhum
objetivo ou roupa que incomode os movimentos;
b) Pedir para que todos encontrem a forma mais confortável
e fazer um relaxamento com o grupo:
Passos:
- Criar um ambiente com música suave, com pouca
luz.
- Orientar o grupo para se deitarem de costas no
chão e ficarem com os braços rentes ao corpo.
- Respirar, tranqüilizar-se, relaxar todas as
partes do corpo. Não deixar nenhuma parte tensa, entrar em comunhão com o
corpo.
c) Levar o grupo a fazer uma retomada da vida da infância
até a idade atual. Em cada fase identificar as experiências mais
significativas, tanto alegres quanto tristes:
- A assessoria orienta o grupo para que façam um
retorno ao útero materno, sentir o calor, a tranqüilidade que há no espaço
uterino;
- Recordar a vinda ao mundo, o nascimento, os
primeiros passos, as primeiras palavras, o lugar onde nasceu, as pessoas e os
pais, 0 aos 5 anos, de 5 aos 10 anos? De 10 aos quinze anos, dos quinze aos
vinte anos, de vinte à idade atual quais as lembranças da história pessoal.
d) No grupo cada pessoa constrói individualmente um símbolo
que a ajude a representar sua história.
e) Em grupos de convivência - propor que o grupo faça um
contrato de respeito pelo que o outro vai partilhar;
f) No grupo cada participante partilha o símbolo, as marcas
da história, os sentimentos;
g) Em plenário o assessor pergunta:
- O que aprenderam com esse exercício? Tanto das
dificuldades como dos acertos? Motivar as pessoas para partilharem o que
descobrirão;
- Concluir falando sobre o desafio de todos
buscarem as suas origens, para melhor se conhecerem, se aceitarem e estarem
integrados(as) uns com os(as) outros(as).
Equipe da Casa da Juventude Pe. Burnier,
CAJU, Goiânia, GO.
Subsídio de Apoio da Escola de Educadores de
Adolescentes e Jovens.
Marcas do que eu sou
a) Pedir para o grupo fazer uma caminhada pela sala e ir
imaginando como é a vida em uma floresta. Como funciona a floresta. Que tipos
de vida identificamos na floresta.
b) Pedir para cada um imaginar como são os animais que
vivem na floresta.
c) Motivar para que cada um(a) vá se concentrando em apenas
um animal. Imaginando suas características, a forma como ele vive na floresta,
como reage ao ataque do predador etc.
d) Pedir para que cada um pare por um instante vá
incorporando o jeito do animal que escolheu, procurando ser fiel na sua forma
de caracterizá-lo.
e) O(a) assessor(a) deixou os participantes vivenciarem por
um instante os animais escolhidos. Em seguida diz que em toda floresta tem um
predador, um caçador que ataca ou persegue um determinado animal. Dizer para
cada um assumir seu papel.
f) O(a) assessor(a) motiva para a simulação ainda de outras
situações que acontecem na floresta, como por exemplo: uma forte tempestade,
uma grande seca, uma longa noite, estimulando aos participantes para
vivenciarem estas realidades.
g) Feito isso o assessor pede a cada participante para
escreverem em seu caderno os seguintes passos:
h) Descrever qual é a personalidade do animal escolhido que
ele pessoalmente escolheu e encarnou; destacando as reações, comportamento (o
que é bom e o que não é tão bom);
i) Pedir para fazerem uma comparação, tentando perceber as
semelhanças da personalidade do animal e com a sua personalidade.
j) Encontra-se por grupos para partilharem as descobertas
feitas.
k) No plenário final o(a) assessor(a) amplia a reflexão
sobre a personalidade humana pontuando as diferenças, a interação nas relações
e outros aspectos.
Equipe da Casa da Juventude Pe. Burnier,
CAJU, Goiânia, GO.
Subsídio de Apoio da Escola de Educadores de
Adolescentes e Jovens.
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