terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Dinâmicas: Valores e Identidade


DINÂMICA DE VALORES

Dinâmica do coração

Objetivo: conhecer o outro e dar-se a conhecer, abrindo espaço para que cada um se apresente; buscando, com essa apresentação, maior intimidade entre os elementos do grupo; partilhando sentimentos, ideais, realizações, desejos e frustrações.

Ambiente: adequado para preservar a privacidade do grupo e permitir a acomodação de todos os participantes.

Material: folhas de papel sulfite e canetas hidrocor ou giz-de-cera para todos os participantes.

Desenvolvimento:

1) Entrega-se uma folha de papel sulfite a cada participante, que deverá desenhar um coração grande e escrever seu nome fora do coração. O coração deverá ser dividido em quatro partes.

2) Na primeira parte do coração, fazer um símbolo que relate um fato importante realizado por sua família (o maior acontecimento). Na segunda parte, desenhar sua maior realização pessoal. Na terceira parte, escrever a coisa mais importante que você pretende realizar nos próximos dois anos. Na quarta parte do coração, escrever, enfim, a maior decepção de sua vida.

3) Todos os participantes deverão pôr sua folha com o trabalho realizado no centro do círculo, compartilhando os resultados. Caso sintam necessidade, poderão comentar ou perguntar algo a respeito das respostas de seus colegas. A pessoa abordada terá liberdade para responder ou não à questão levantada. Compartilhar sentimentos e descobertas com o grupo.


Fonte: adaptação do livro Recriando experiências, Instituto de Pastoral de Juventude - Leste II, Ed. Paulus.






Aprender sobre a vida no contexto familiar

Objetivo: A partir da história familiar de cada um, fazer com que os participantes reflitam sobre a própria existência.

Desenvolvimento:

1) O facilitador solicita que os participantes se organizem em grupos de quatro pessoas. Em seguida, pede que cada um conte aos demais alguns fatos de seus antepassados (relacionamentos, dificuldades, conquistas, mortes, migrações, separações), até chegar ao seu núcleo familiar.

2) Em seguida, ele convida os integrantes do grupo a comparar suas histórias, refletindo sobre a influência desses fatos em suas vidas.

3) Ao final, o animador incentiva os participantes a refletir sobre a relação entre a atividade proposta e a família na atualidade.


Fonte: Márcia Campos Andrade, psicóloga, Patos, MG.
Dinâmica publicada junto ao artigo "Ser mãe e pai, num contexto de mudanças" na edição nº 386, jornal Mundo Jovem, Maio de 2008, página 2.




Histórias que me contaram

Objetivo: Possibilitar a expressão sobre o que é ser homem e ser mulher.

Material necessário: Papel e lápis.

Desenvolvimento: 

1) Grupo em círculo, sentado;

2) Pedir que cada participante liste as histórias, provérbios, ditos, ordens significativas que já ouviram sobre homens e mulheres, sobre como se comportar em relação ao seu próprio sexo e ao oposto, desde a infância até a fase atual;

3) Depois que todos tiverem feito o trabalho indivualmente, formar subgrupos, nos quais devem ler o que escreveram, trocando experiências;

4) No subgrupo, tentar encontrar os pontos comuns e as diferenças, listando as conclusões a que chegaram;

5) Cada subgrupo apresenta suas conclusões;

6) Plenário - Compartilhar com o grande grupo suas reflexões:

• De tudo o que ouviu, o que ainda é válido para você hoje?
• É difícil para você mudar posturas e atitudes? Justifique.
• Quais os mitos e tabus mais comuns no grupo?

Comentário: É necessário explorar todas as colocações, buscando a origem de cada mito ou tabu apresentado, desmitificando, dessa forma, as idéias sobre a sexualidade.

Fonte: Margarida Serrão e Maria C. Baleeiro, “Aprendendo a ser e a conviver”, Fundação Odebrecht/FTD Editora.
Dinâmica publicada junto ao artigo "Os desafios da educação sexual " na edição nº 383, jornal Mundo Jovem, fevereiro de 2008, página 8.



O boneco

     Dividir os participantes em seis subgrupos. Cada um ficará responsável por uma parte do boneco: cabeça, tronco, braços, mãos, pernas e pés.

     Cada grupo desenhará uma parte do corpo e terá duas perguntas para responder. As respostas devem ser registradas nos cartazes juntamente com o desenho. Para que os grupos tenham uma visão geral da dinâmica, é importante que se leiam todas as perguntas antes de iniciar o trabalho.

a) Cabeça: Qual a realidade ambiental que vemos? O que escutamos da sociedade sobre a preservação da biodiversidade?

b) Tronco: O que sentimos sobre a degradação ambiental? O que sentimos sobre o papel do estudante na preservação da biodiversidade?

c) Braços: Até onde podemos alcançar com nossa ação? Com quem (pessoas, entidades etc.) podemos andar de braços dados na preservação da biodiversidade?

d) Mãos: Quais os compromissos que podemos firmar enquanto grupo na preservação da biodiversidade? Quais as ferramentas que temos disponíveis na escola para divulgar nossas idéias?

e) Pernas: Que caminhos queremos tomar no desenvolvimento de ações de preservação da biodiversidade? Qual o suporte (pessoas, materiais, finanças etc.) que temos para desenvolver uma ação?

f) Pés: Que ações podemos realizar envolvendo nossa escola na preservação da biodiversidade? Que resultado desejamos com nossa ação?


Fonte: Extraída da cartilha “Semana do Estudante - Há que se cuidar da vida”, 2007. PJE-PJB.Dinâmica publicada junto ao artigo "Semana do Estudante e da participação juvenil" na edição nº 379, jornal Mundo Jovem, agosto de 2007, página 3.




Valores familiares

Objetivo: Identificar valores e mensagens transmitidos pela família.

Materiais necessários: Ficha de trabalho e lápis.

Desenvolvimento: 
1. Grupo em círculo, sentado.
2. Distribuir ficha de trabalho e lápis, pedindo que respondam individualmente às questões contidas na ficha.
3. Dividir o grupo em cinco subgrupos. Cada subgrupo fica responsável por uma das questões da ficha de trabalho.
4. Solicitar a cada subgrupo que discuta as respostas individuais à questão que lhe coube, registrando os pontos comuns. Tempo.
5. Cada subgrupo apresenta suas observações.
6. Plenário - comentar os pontos de discussão:
* Que valores são especialmente importantes para a sua família?
* O que lhe chamou a atenção de tudo o que ouviu?
* Como se sente em relação à diversidade de valores do grupo?
7. Fechamento: o facilitador ressalta para o grupo que os valores que possuímos influenciam nossas atitudes, decisões e comportamentos. Nenhum ser humano vive sem um núcleo de princípios interiores que orientem sua interpretação do mundo, dando sentido e direção para sua vida.

Ficha de trabalho:
O que sua família pensa sobre:
1. Ter bom desempenho na escola?
2. Participar de grupos sociais, grêmio estudantil...?
3. Ter um emprego?
4. Ter relações sexuais?
5.Ter religião?
6. Respeitar as leis?

Fonte: Projeto Adolescência Criativa Olodum,Dinâmica publicada na edição nº 372, Novembro de 2006, página 15.


Colcha de Retalhos

Atividade: 

     Quantas vezes sentamos ao lado de nossos avós ou mesmo de nossos pais para escutar aquelas longas histórias que compuseram a vida e a trajetória da nossa família e, portanto, a trajetória da nossa vida? Quantas vezes paramos para pensar na importância do nosso passado, nas origens de nossa família, e mais, de nossa comunidade? Indo um pouco mais longe, quantas vezes paramos para pensar de que forma a cultura da nossa cidade e de nosso país influencia o nosso modo de ver as coisas?

     Pois é. Nós somos aquilo que vivemos. Somos um pouquinho da via de nossos pais e avós, somos também um pouquinho da vida de nossos pais e avós, da nossa, do nosso bairro, das pessoas que estão à nossa volta, seja na cidade ou no país onde vivemos.

     Isso é o que se chama identidade cultural. E esta é uma atividade que ajuda a buscar essa identidade - o que significa buscar a nossa própria história, conhecemos a nós mesmos e a tudo que nos rodeia. Buscar a identidade cultural é “entender para respeitar” nossos sentimentos e os daqueles com quem compartilhamos a vida.

Material: 

* Tecido - lona, algodão, morim cortados em tamanho e formatos variados
* Tinta de tecido ou tinta guache (é bom lembrar que o chache se dissolve em água)
* Linha e agulha ou cola de tecido.


Passos - Como se faz:

1ª Etapa - História de Vida

Peça a todos os participantes para relembrarem um pouco de suas histórias pessoais e das histórias de suas famílias, pensando em suas origens, sentimentos e momentos marcantes, em sonhos, enfim, em tudo aquilo que cada pessoa considera representativo de sua vida. Depois disso, peça para escolherem pedaços de tecidos para pintar símbolos, cores ou imagens relacionadas às suas lembranças. Esse é um momento individual, que deve levar o tempo necessário para que cada um se sinta à vontade ao expressar o máximo de sua história de vida. Quando todos terminarem, proponha a composição da primeira parte da Colha de Retalhos, que pode ser feita costurando ou colando os trabalhos de cada um, sem ordem definida.

2ª Etapa - História da Comunidade

Esta etapa exige muito diálogo entre os participantes, que devem construir a história da comunidade onde vivem. Uma boa dica é pesquisar junto aos mais velhos.
O grupo escolhe alguns fatos, acontecimentos e características da comunidade para representá-los também em pedaços de tecido pintados. Pode-se reunir as pessoas em pequenos grupos para a criação coletiva do trabalho. Todas as pinturas, depois de terminadas, deverão ser costuradas ou coladas compondo um barrado lateral na colcha.

3ª etapa - História da cidade, do país, da Terra

A partir daqui, a idéia é dar contiuidade à colcha de retalhos, criando novos barrados, de forma a complementá-la com a história de vida da cidade, do país, do mundo e até a do universo. Não há limites nem restrições. O objetivo principal é estimular nos participantes a vontade de conhecer e registrar a vida, em suas diferentes formas e momentos. Desse modo, poderão se sentir parte da grande teia da vida.


Fonte: “Paz, como se faz? Semeando cultura de paz nas escolas”, Lia Diskin e Laura G. Roizman.



Poesia, música, crônica

Finalidade: Consiste em ouvir uma poesia e/ou música para ajudar na introdução de um assunto ou de uma vivência subjetiva.

Material: Letra (cópia xerográfica ou mimeografada) de uma poesia ou canção.

Descrição da dinâmica: 

1. Escolher uma poesia ou canção sobre o tema a ser trabalhado.
2. Dividir os participantes em grupos.
3. Cada um lê em voz baixa, murmurando.
4. Escolher a palavra que mais marcou, em cada estrofe.
5. Gritar essas palavras juntas, bem alto. Depois bem baixo, até se calar.
6. Andando, procurar sua “palavra-sentimento” com outra pessoa do grupo.
7. Explique, sinta, expresse, toque.
8. No seu grupo, responda o que você faria com esse sentimento-palavra trocada.
9. O grupo deve montar uma história com os sentimentos trocados e com a poesia recebida.
10. Cada grupo apresenta no grupão sua história de maneira bem criativa.
11. Buscar o que há de comum em todas as histórias.

Comentários: 

1. Este trabalho leva à reflexão de um tema/assunto, abrindo um espaço para que as pessoas falem de um assunto sob diferentes olhares.
2. Contribui para o desenvolvimento da expressão verbal e do trabalho coletivo.


Fonte: “Augusto Boal, publicado no livro “Dinâmica de grupos na formação de lideranças” de Ana Maria Gonçalves e Susan Chiode Perpétuo, Ed. DP e A, 1998.




Fazendo um projeto

“Qualquer atividade de nossa vida pessoal, profissional, religiosa e política, para ser consciente precisa ser preparada, planejada e pensada.”

“Quem pensa sobre o que faz, faz melhor.”

“Quem não sabe para onde vai, não chega. Quem não sabe onde está, não acha caminho.”

O que fazer? 
Para resolver um problema geralmente são necessárias várias ações, atitudes, gestos, reuniões, estudos etc. O importante é buscar uma solução criativa.

Como fazer?
Não basta apontar o que fazer, é necessário levantar também como será feito.

Quando?
Já apontamos respostas para solucionar o problema, trata-se agora de ver a melhor época para realizar a mesma. Um estudo, por exemplo, pode durar um dia todo, uma tarde, podendo também acontecer durante uma ou mais semanas.

Com quem? 
É momento agora de pensar quem será envolvido: os participantes que vão receber a proposta, quem serão os responsáveis de executar, com quem fazer parceria e a divisão de tarefas.

Onde será feito? 
É hora de prever. Isso ajuda a não acumular atividades para o mesmo local, ajuda ainda a diversificar e descobrir novos espaços.

Para quê? 
Colocar no papel o resultado que esperamos, ajuda a olhar para o problema e dizer o que queremos solucionar/resolver.

Recursos necessários: 
Possibilita perceber o que é necessário para realizar com sucesso o que foi proposto: verba, material, equipamentos...


Equipe da Casa da Juventude Pe. Burnier,
CAJU, Goiânia, GO.
Subsídio de Apoio da Escola de Educadores de Adolescentes e Jovens.




Eu tenho uma história pessoal

Objetivo: fazer uma retomada da minha vida pessoal percebendo as marcas, os acontecimentos que foram significativos e que provocaram mudanças na forma de ver o mundo.

a) Explicar que precisam estar à vontade, sem nenhum objetivo ou roupa que incomode os movimentos;

b) Pedir para que todos encontrem a forma mais confortável e fazer um relaxamento com o grupo:

Passos:

- Criar um ambiente com música suave, com pouca luz.
- Orientar o grupo para se deitarem de costas no chão e ficarem com os braços rentes ao corpo.
- Respirar, tranqüilizar-se, relaxar todas as partes do corpo. Não deixar nenhuma parte tensa, entrar em comunhão com o corpo.

c) Levar o grupo a fazer uma retomada da vida da infância até a idade atual. Em cada fase identificar as experiências mais significativas, tanto alegres quanto tristes:

- A assessoria orienta o grupo para que façam um retorno ao útero materno, sentir o calor, a tranqüilidade que há no espaço uterino;
- Recordar a vinda ao mundo, o nascimento, os primeiros passos, as primeiras palavras, o lugar onde nasceu, as pessoas e os pais, 0 aos 5 anos, de 5 aos 10 anos? De 10 aos quinze anos, dos quinze aos vinte anos, de vinte à idade atual quais as lembranças da história pessoal.

d) No grupo cada pessoa constrói individualmente um símbolo que a ajude a representar sua história.

e) Em grupos de convivência - propor que o grupo faça um contrato de respeito pelo que o outro vai partilhar;

f) No grupo cada participante partilha o símbolo, as marcas da história, os sentimentos;

g) Em plenário o assessor pergunta:

- O que aprenderam com esse exercício? Tanto das dificuldades como dos acertos? Motivar as pessoas para partilharem o que descobrirão;
- Concluir falando sobre o desafio de todos buscarem as suas origens, para melhor se conhecerem, se aceitarem e estarem integrados(as) uns com os(as) outros(as).


Equipe da Casa da Juventude Pe. Burnier,
CAJU, Goiânia, GO.
Subsídio de Apoio da Escola de Educadores de Adolescentes e Jovens.





Marcas do que eu sou

a) Pedir para o grupo fazer uma caminhada pela sala e ir imaginando como é a vida em uma floresta. Como funciona a floresta. Que tipos de vida identificamos na floresta.

b) Pedir para cada um imaginar como são os animais que vivem na floresta.

c) Motivar para que cada um(a) vá se concentrando em apenas um animal. Imaginando suas características, a forma como ele vive na floresta, como reage ao ataque do predador etc.

d) Pedir para que cada um pare por um instante vá incorporando o jeito do animal que escolheu, procurando ser fiel na sua forma de caracterizá-lo.

e) O(a) assessor(a) deixou os participantes vivenciarem por um instante os animais escolhidos. Em seguida diz que em toda floresta tem um predador, um caçador que ataca ou persegue um determinado animal. Dizer para cada um assumir seu papel.

f) O(a) assessor(a) motiva para a simulação ainda de outras situações que acontecem na floresta, como por exemplo: uma forte tempestade, uma grande seca, uma longa noite, estimulando aos participantes para vivenciarem estas realidades.

g) Feito isso o assessor pede a cada participante para escreverem em seu caderno os seguintes passos:

h) Descrever qual é a personalidade do animal escolhido que ele pessoalmente escolheu e encarnou; destacando as reações, comportamento (o que é bom e o que não é tão bom);

i) Pedir para fazerem uma comparação, tentando perceber as semelhanças da personalidade do animal e com a sua personalidade.

j) Encontra-se por grupos para partilharem as descobertas feitas.

k) No plenário final o(a) assessor(a) amplia a reflexão sobre a personalidade humana pontuando as diferenças, a interação nas relações e outros aspectos.


Equipe da Casa da Juventude Pe. Burnier,
CAJU, Goiânia, GO.
Subsídio de Apoio da Escola de Educadores de Adolescentes e Jovens.


Dinâmicas: Quebra-gelo


Dinâmicas Quebra-Gelo (descontração)

Quanto tempo eu tenho

Objetivo: Provocar a saíde de si mesmo (desinibição) e conhecimento do outro.
Material: Som com música alegre, caixa de fósforos, um cartaz ou fichas - nomes, de onde é, de que mais gosta, uma alegria, uma tristeza etc. (Pode-se criar outras conforme o objetivo proposto).

Desenvolvimento: 
1. Todos, em círculo, o facilitador distribui um palito de fósforo, não usado. As fichas devem estar em lugar visível (pode ser no centro do círculo).
2. Pedir a um participante que risque o fósforo. Enquanto o fósforo estiver aceso, vai se apresentando, falando de si.
3. Cuidar para que ele fale só o tempo em que o fósforo estiver aceso. Caso alguém não consiga, o facilitador, poderá usá-lo para que os outros façam perguntas (pessoais) como numa entrevista.
4. Outra variante é fazer com que os participantes conversem em dupla e depois utilizem o fósforo para falar o que conhece do companheiro.
5. Usar a dinâmica para perguntar: que significa amizade ou ainda, para revisar qualquer disciplina.

Discussão: Conseguimos expressar os pontos mais importantes na nossa apresentação? Como me senti? É fácil falar de nós mesmos? O que significa um fósforo aceso? (marcando tempo) O que significa o fogo? (iluminando).

Resultado esperado: Ter feito uma reflexão sobre o tempo que estamos na terra e o que podemos ser para os outros. A maneira como eu utilizo o fósforo é a nossa própria vida. Analisar todas as situações que aparecem durante a dinâmica.

Fonte: Ronildo Rocha, Catolé do Rocha, PB.
Endereço eletrônico: ronildorocha@yahoo.com.br




A construção coletiva do rosto

Objetivos: Fazer com que os membros do grupo sintam-se à vontade uns com os outros.

Aplicação: 
a) Orientar os participantes para sentarem em círculo;
b) O assessor distribui para cada participante uma folha de papel sulfite e um giz de cera;
c) Em seguida orienta para desenhar o seguinte:
- uma sombrancelha somente;
- passar a folha de papel para as pessoas da direita e pegar a folha da esquerda;
- passar novamente;
- desenhar um olho;
- passar novamente;
- desenhar o outro olho;
- passar a direita e... completar todo o rosto com cada pessoa colocando uma parte (boca, nariz, queixo, orelhas, cabelos).
d) Quando terminar o rosto pedir à pessoa para contemplar o desenho;
e) Orientar para dar personalidade ao desenho final colocando nele seus traços pessoais;
f) Pedir ao grupo para dizer que sentimentos vieram em mente.

Fonte: A Construção da solidariedade e a educação do sentimento na escola. Editora Mercado de Letras.




 Caça ao tesouro

Objetivo: ajudar as pessoas a memorizarem os nomes umas das outras, desinibir, facilitar a identificação entre pessoas parecidas.

Para quantas pessoas: cerca de 20 pessoas. Se for um grupo maior, é interessante aumentar o número de questões propostas.

Material necessário: uma folha com o questionário e um lápis ou caneta para cada um.

Descrição da dinâmica: o coordenador explica aos participantes que agora se inicia um momento em que todos terão a grande chance de se conhecerem.

A partir da lista de descrições, cada um deve encontrar uma pessoa que se encaixe em cada item e pedir a ela que assine o nome na lacuna.

1. Alguém com a mesma cor de olhos que os seus;
2. Alguém que viva numa casa sem fumantes;
3. Alguém que já tenha morado em outra cidade;
4. Alguém cujo primeiro nome tenha mais de seis letras;
5. Alguém que use óculos;
6. Alguém que esteja com uma camiseta da mesma cor que a sua;
7. Alguém que goste de verde-abacate;
8. Alguém que tenha a mesma idade que você;
9. Alguém que esteja de meias azuis;
10. Alguém que tenha um animal de estimação (qual?).

Pode-se aumentar a quantidade de questões ou reformular estas, dependendo do tipo e do tamanho do grupo.


Obs.: A dinâmica foi tirada do subsídio “Dinâmicas em Fichas” - Centro de Capacitação da Juventude (CCJ) - São Paulo.
Site na internet: http://www.ccj.org.br



 Dois círculos

Objetivo: motivar um conhecimento inicial, para que as pessoas aprendam ao menos o nome umas das outras antes de se iniciar uma atividade em comum.

Para quantas pessoas: é importante que seja um número par de pessoas. Se não for o caso, o coordenador da dinâmica pode requisitar um “auxiliar”.

Material necessário: uma música animada, tocada ao violão ou com gravador.

Descrição da dinâmica: formam-se dois círculos, um dentro do outro, ambos com o mesmo número de pessoas. Quando começar a tocar a música, cada círculo gira para um lado. Quando a música pára de tocar, as pessoas devem se apresentar para quem parar à sua frente, dizendo o nome e alguma outra informação que o coordenador da dinâmica achar interessante para o momento.

Repete-se até que todos tenham se apresentado. A certa altura pode-se, também, misturar as pessoas dos dois círculos para que mais pessoas possam se conhecer.


Fonte: A dinâmica foi retirada do livro “Aprendendo a ser e a conviver” - deMargarida Serrão e Maria Clarice Baleeiro, Editora "FTD", 1999.



  
Descobrindo a quem pertence

Desenvolvimento: 

1. O facilitador divide o grupo em duas metades.

2. Uma metade do grupo dá ao facilitador um objeto de uso pessoal. O facilitador mistura os objetos e os distribui pela outra metade, que sai à procura de seus donos. Não é permitido falar.

3. Ao encontrar o dono do objeto recebido, forma-se par com ele.

Obs.: Esta atividade objetiva, também, estabelecer as relações no grupo. É divertida e usa a curiosidade do grupo como detonadora de uma busca. Pode ser feita no início de um grupo e repetida sempre que se deseja um clima mais descontraído.


Fonte: A dinâmica foi retirada do livro “Aprendendo a ser e a conviver” - deMargarida Serrão e Maria Clarice Baleeiro, Editora "FTD", 1999.




Dinâmicas: Drogas


ATIVIDADES SUGESTIVAS SOBRE DROGAS



Jogo dos balões: drogas



Objetivos:
Proporcionar uma reflexão sobre o que conhecemos sobre drogas, qual a nossa visão do problema e como podemos fazer a prevenção ao uso indevido de drogas.

Material: Sala ampla, sentar em círculo e 3 balões coloridos
Tempo: 30 minutos

Apresentação:
1. Dividir o grupo em 06 (seis) subgrupos, de acordo com o número de participantes.
2. O facilitador do grupo dará o código individualmente para cada subgrupo.
3. Para cada subgrupo será dado um balão de cor diferente.

4. Cada subgrupo receberá seu código:
Grupo 1 - código: A visão que você tem das drogas.
Grupo 2 - código: O que você sabe sobre drogas.
Grupo 3 - código: O que você pode fazer para prevenir o uso de drogas.
Grupo 4 - código: A visão que você tem das drogas.
Grupo 5 - código: O que você sabe sobre drogas.
Grupo 6 - código: O que você pode fazer para prevenir o uso de drogas.

5. O facilitador deverá passar cada código aos subgrupos, certificando-se de que um grupo não saberá o código do outro.
6. Cada subgrupo fará uso da linguagem não-verbal (sem o uso da palavra), podendo apenas utilizar mímicas e gestos aproveitando sempre o balão cheio para auxiliar o processo de dramatização.
7. Após a apresentação de cada subgrupo, abrir o grande grupo para identificar os códigos, favorecendo, assim a discussão.

Desenvolvimento:

Discussão em grupo
a) Qual a dificuldade de se explicar sem utilizar palavras?
b) O porquê da certeza de que foram entendidos.
c) Quando se deve entender e conhecer de drogas?
d) O que pode ser feito para se trabalhar a prevenção?
e) O que posso comprometer?

Cuidados e Dicas:
Se algum participante estourar um balão, este deverá ser recolocado e obedecer a mesma cor.

Fixação e Verificação da aula:
Ter proporcionado uma reflexão sobre o que o grupo sabe a respeito de drogas, seu entendimento do problema e o que o adolescente pode fazer, como estudante e cidadão, para evitar o uso.





Dinâmica:  Jornal falado

Fazer um levantamento a partir dos jornais, noticiários nas TVs, sobre a questão das drogas e provocar um debate.

a) apresentar as notícias em forma de jornal falado.
b) Solicitar dois participantes que façam: um a condenação e outro a defesa de pessoas drogadas. 
c) O grupo participa com perguntas e votará no final da discussão em forma de participação: Sou a favor da condenação porque... ou sou a favor do perdão porque....
d) O animador fará o papel de juiz. 
e) A sentença será apresentada em forma de Salmo: Sl 143, Sl 142, Sl 141.


DRAMATIZAR: UM DROGADO EM NOSSO MEIO
a) O grupo começa discutindo e escrevendo em faixas as causas que produzem o consumo de drogas e colocá-las no meio do círculo:
Ex.: - famílias fragmentadas;
• sistema econômico que gera desemprego, baixo salário, fome, miséria;
• busca de prazer sem limites;
• meios de comunicação que fomentam o hedonismo, materialismo, individualismo;
• sociedade que se estrutura sobre a competição, a insensibilidade que favorece o uso de drogas;
• o dinheiro e o poder falam mais do que a vida;
• outros...

b) Em meio a esta discussão entra uma pessoa representando um consumidor de drogas. (É bom que não seja reconhecido pelo grupo).
• Ele se coloca no meio, sentado no chão como se estivesse longe, rindo, sem sentido. Levanta e chega perto dos participantes interpelando por ajuda.
c) Alguém do grupo tenta colocá-lo para fora. O personagem resiste, porém aceita sair da sala, mas volta trazendo a Palavra de Deus e lerá o texto: Mc 10, 46-52.
d) O animador do grupo pergunta:
• O que sentimos?
• Qual a nossa reação diante de uma pessoa dependente, seja de álcool, droga, cigarro, medicamentos?
• Por que facilmente rejeitamos estas pessoas?
• Quais as atitudes de Jesus diante do cego e que atitudes ele teria, hoje, diante dos consumidores de drogas?

e) Reunir-se em pequenos grupos para serem discutidas algumas propostas práticas de como ir ao encontro dos que são viciados em alguma droga, existentes na comunidade.
Que estas propostas não sejam apenas individualizadas, mas possa chamar atenção da problemática dos órgãos públicos, famílias, instituições etc...




 CARTAS INFORMATIVAS

Objetivo: Ofereceu informações básicas sobre o tema de prevenção ao uso indevido de drogas.
Duração: 1 hora.
Material: Cartões informativos.
Desenvolvimento:
Distribuição de cartões, alguns com respostas e outros com perguntas.
Procurar a pessoa que tem a ficha que complete o seu cartão (Resposta: Pergunta).
Apresentação das duplas e o instrutor vai completando as reformações.


 CARTÕES _ PERGUNTAS E RESPOSTAS
1 _ O que são drogas?
R _ São produtos que o homem vem utilizando no decorrer da história para produzir alteração do seu humor, da sua mente e das suas sensações.
2 _ Que fatores interferem na qualidade e na intensidade das alterações psicológicas que as drogas causam?
R _ As alterações psicológicas variam de acordo com o tipo e a quantidade de droga, as características de quem as ingere, as expectativas que se tem sobre seus efeitos e o momento em que são ingeridas.
3 _ Que tipo de drogas existem?
R _ Existem as drogas lícitas (álcool, tabaco, chás, alguns medicamentos,...) e as ilícitas (maconha, cocaína, LSD, plantas alucinógenas...).
4 _ Em que grupos classificam-se as drogas?
R _ Em estimulantes, depressoras e perturbadoras.
5 _ Quais são os tipos de usuários de drogas?
R _ Usuário experimentador, eventual, habitual e o dependente químico.
6 _ O que caracteriza um usuário experimentador?
R _ É aquele que experimenta a droga e não se interessa em manter o uso.
7 _ O que caracteriza um usuário eventual?
R _ É aquele que faz uso da droga ocasionalmente. Continua sua vida, com suas atividades e de vez em quando faz uso da droga.
8 _ O que caracteriza um usuário habitual?
R _ É aquele que organiza suas atividades em torno do hábito de usar drogas.
9 _ O que caracteriza um usuário dependente?
R _ É aquele que usa a droga compulsivamente, sem controle psicossocial. A droga eleita passa a ser o eixo de sua vida.
10 _ O que causa a dependência química?
R _ A dependência química se instala pelo encontro de 3 fatores básicos: a personalidade da pessoa, o produto (droga) que a pessoa usa e o contexto social/familiar que ela está inserida.
11 _ Se as drogas fazem mal, por que as pessoas consomem?
R _ Os motivos variam de pessoa a pessoa: curiosidade, para esquecer problemas, frustrações ou insatisfação, insegurança e busca de prazer. Porém, alguns dos que iniciam o uso poderão se comprometer gravemente.
12 _ Quais são os fatores de risco para uso ou abuso de drogas?
R _ A desinformação, a saúde deficiente, insatisfação com a qualidade de vida, personalidade vulnerável e o fácil acesso às drogas.
13 _ O que significa Prevenção Primária?
R _ Define-se como prevenção dirigida ao início do processo, informando e educando sobre as questões relacionadas com o uso de drogas.
14 _ O que significa Prevenção Secundária?
R _ Significa a prevenção que trata de desenvolver ações que possam impedir a transição do uso ocasional ao uso habitual.
15 _ O que significa Prevenção Terciária?
R _ É um trabalho individual ou coletivo com o usuário no sentido de recupera-lo e de integra-lo ao meio social.
16 _ De que forma os jovens podem participar de uma Prevenção ao uso indevido de drogas?
Observação: Esta resposta é para todos os participantes responderem em subgrupos ou individualmente, formando uma rede de ações preventivas que podem ser realizadas pelos jovens.



O RITUAL

Objetivo: Refletir sobre o ritual de uso de drogas e os aspectos sedutores envolvidos.
Duração: 20 minutos.
Material: Sala ampla, aparelho de som, fita cassete, balas e música: "Pour Elise" (instrumental) ou qualquer outra música instrumental.
Desenvolvimento:
O facilitador solicita aos participantes que se coloquem no canto da sala, de pé e em círculo.
Diz que vai lhes ensinar uma coreografia e necessita de ajuda dos mesmos para o aprendizado.

Explicação de coreografia: Dois passos para a direita, um para a esquerda, dois para a direita, abaixou e levantou. Após repetir várias vezes, pergunta se aprenderam.


A seguir, solicita aos participantes que façam a coreografia com música.
O grupo iniciará a coreografia, seguindo a cadência da música, repetindo até finalizar o som.
Enquanto ocorre a coreografia, o facilitador distribui uma bala, que está previamente desenrolada e sobre um prato, para cada umo dos participantes. os participantes, desviando a atenção da coreografia, pegarão as balas. O facilitador, após alguns segundos, irá sugerir ao grupo a trocarem de bala com o companheiro. Parar o jogo.
Observar:
Alguns participantes não pegam a bala.
Outros esquecem a coreografia e saem atrás da bala, que está no prato, na mão do facilitador.
Alguns trocam de bala com a maior facilidade.
Envolvimento com a coreografia, compromisso de acertar e aceitar.
Facilidades de aceitação da bala.
Sugestões para reflexão:
Ter o cuidado para que não seja obrigatória a troca de bala.
Usar balas tipo jujuba.
Encorajar um pensamento cuidadoso a respeito dos riscos do ritual da droga, e a ligação entre a troca de seringas e aids.